domingo, 28 de novembro de 2010

Conhecendo a fundo Luziânia através do SIG

       Luziânia é conhecida como região entorno de Brasília, para se localizar melhor veja a figura abaixo:




      O mapa de localização possui como variável perceptível qualitativa, variável visual cor e variável de implantação zonal.
      Através do uso de sistema de informações geo-referenciais podemos conhecer aspectos interessantes de Luziânia que sempre foi uma região com grande potencial mineral, sendo que em sua grande parte são empregados na construção civil, depois da exploração do ouro teve um declive e voltando para a criação de gado e à lavoura. Pode-se observar os seguintes mapas para maior compreensão:




        O mapa de potencial mineral possui como variável perceptiva qualitativa, variável visual a cor e variável de implantação zonal.



        O mapa de mineração de materiais empregados na construção civil possui como variável perceptiva qualitativa, variável visual a cor e variável de implantação pontual.
        Devido ao grande potencial da exploração mineral ocorreu um grande desenvolvimento de processos erosivos na região, provocando assim uma redução da execução da atividade e passando a ser voltada para cultivo de lavouras e gado.




        O mapa de geomorfologia possui como variável perceptiva qualitativa, variável visual a cor e variável de implantação zonal.



       O mapa de uso do solo possui como variável perceptiva qualitativa, variável visual a cor e variável de implantação zonal.
        Outra característica marcante de Luziânia é sua grande disponibilidade de corpos hídricos, sendo seus principais rios: Corumbá, Vermelho e Descoberto. Podem ser vistos também ribeirões, como, Saia Velha (escravos), Palmital, nascentes, cursos d'água, lagos e lagoas em seu grande território.      


       O mapa de drenagem possui como variável perceptiva qualitativa, variável visual a cor e variável de implantação linear.

Sensoriamento Remoto

        

         Há vários conceitos de sensoriamento remoto, sendo que Charles Elachi define Sensoriamento Remoto como " a aquisição de informação sobre um objeto sem que se entre em contato físico com ele". Mas essa definição era muita vaga por isso ele resolveu implementar dizendo que sensoriamento remoto implica na obtenção de informações a apartir da detecção e mensuração das mudanças que um determinado objeto impõe aos campos de força que o circudam, sejam estes campos eletromagnéticos, acústicos ou potenciais.
         Os Sonares, por exemplo, são sensores que permitem a detecção d eobjetos submersos a partir da mensuração das alterações que estes provocam no campo acústico (ondas sonoras). O tempo gasto entre a transmissão de um pulso sonoro e a recepção do som refletido (eco) por um objeto é usado para determinas sua distãncia. O uso das variações do campo acústico para aplicações em navegação e em medicina se tornou uma linha autônoma de conhecimento, com métodos e abordagens distintas das que englobam hoje a tecnologia de sensoriamento remoto de recursos terrestres.
         Outro tipo de sensor que permite extrair informações sobre fenômenos que ocorrem à distânciaa são os sismógrafos. Os sismógrafos permitem determinar a velocidade de propagação de ondas elásticas das rochas e estruturas geológicas. Os estudos sismológicos permitem desenvolver teorias sobre a acomposição do interior da Terra.
         Observando esse cenário, podemos adotar o conceito de sensoriamento remoto como sendo a " aquisição de informações sobre objetos a partir da detecção e mensuração de mudanças que estes impõem ao campo eletromagnético". Atualmente, alguns autores têm tentado restringir mais ainda essa definição, Schowengerdt foi um deles, com sua contribuição podemos então definir Sensoriamento Remoto como sendo a utlização conjunta de sensores, equipamentos para processamento de dados, equipamentos de transmissão de dados colocados a bordo de aeronaves, espaçonaves, ou outras plataformas, com o objetivo de estudar eventos, fenômenos e processos que ocorrem na superfície do planeta Terra a partir do registro e da análise das interações entre a radiação eletromagnética e as substâncias que o compõem em suas mais diversas manifestações.
        
ORIGEM E EVOLUÇÃO DO SENSORIAMENTO REMOTO

         O Manual of Remote Sensing ASP (1975,1983) dividia a estória do Sensoriamento Remoto em dois períodos principais: o período de 1860 a 1960, no qual o Sensoriamento Remoto era baseado na utilização de fotografias aéreas e o período de 1960 até os nossos dias, caracterizado pela multiplicidade de sistemas sensores.
         Independentemente das tendências atuais, o desenvolvimento inicial do sensoriamento remoto é cientificamente ligado ao desenvolvimento da fotografia e á pesquisa espacial. As fotografias aéreas foram o primeiro método de sensoriamento remoto a ser utilizado, tanto é assim, que a fotogrametria e a fotointerpretação são termos muito anteriores ao termo sensoriamento remoto propriamente dito.
         A primeira fotografia de que se tem notícia foi obtida por Daguerre e Niepce em 1839 e já em 1840 o seu uso estava sendo recomendado para levantamentos topográficos. As fotografias aéreas coloridas se tronaram disponíveis a partir de 1930, enquanto na mesma época já haviam se iniciado os estudos para a produção de filmes sensíveis á radiação infravermelha. O desenvolvimento da aviação simultaneamente ao aperfeiçoamento dos sistemas fotográficos (lentes, filtros, filmes e mecanismos de sincronização da operação da câmara com o deslocamento do avião) trouxe um grande impulso ao uso de fotografias aéreas, principalmente durante a primeira guerra mundial. Com o fim da primeira grande guerra parte desses avanços foram canalizados para o uso de sistemas fotográficos para a cartografia de pequena escala.
         O esforço de guerra e a necessidade de métodos de vigilância remota dos territórios inimigos trouxeram grandes avanços tecnológicos, dentre os quais os estudos sobre o comportamento dos objetos na região do infravermelho com a finalidade de utilizar esse tipo de filme para a detecção de camuflagem, urante a segunda guerra mundial.
         Com o fim da guerra, toda essa tecnolofia ficou disponível para uso civil. Isto deu um grande impulso ás aplicações de fotografias para o levantamento de recursos naturais, visto que permitiu a obtenção de daods sob condições controladas, e com o recobrimento de áreas relativamente amplas.
         O campo de sensoriamento remoto representa a convergências de conhecimento derivado de duas grandes linhas de pesquisa. De um lado, os métodos de sensoriamento remoto são tributários de todos os avanços no campo da aerofotogrametria e fotointerpretação, de outro lado, seu progresso se deve muito à pesquisa espacial e aos avanços tecnológicos por ela induzidos que resultaram em novos sensores baseados em fotodetectores e na possibilidade de obter informações sobre a superfície terrestre a partir não mais de aviões, mas sim de satélites.
         Os sistemas de sensoriamento remoto disponíveis atualmente fornecem dados receptitivos e consistentes da superfície da Terra, os quais são de grande utilidade para diversas aplicações dentre as quais destacam-se:
  • Urbanas ( inferência demográfica, cadastro, planejamento urbano, suporte ao setor imobiliário).
  • Agrícolas: condição das culturas, previsão de safras, erosão de solos.
  • Gelégicas: minerais, petróleo, gás natural.
  • Ecológicas (regiões alagadas, solos, florestas, oceanos, águas continentais).
  • Florestais (produção de madeira, controle de desflorestamento, estimativa de biomassa).
  • Cartográficas (mapeamento topográfico, mapeamento de óleo, estudos costeiros, circulação oceânica, etc.).
  • Oceanográficas (produtividade primária, monitoramento de óleo, estudos costeiros, circulação oceânica, etc.).
  • Hidrológicas (mapeamento de áreas afetadas por imundações, avaliação de consumo de água por irrigação, modelagem hidrológica).
  • Limnológicas (caracterização da vegetação aquática, identificação de tipos de água; avaliação do impacto do uso da terra em sistemas aquáticos).
  • Militares.
  • Dentre outras.
O SENSORIAMENTO REMOTO COMO SISTEMA DE AQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES

         O sensoriamento remoto como sistema de aquisição de informações pode ser dividido em dois grandes subsistemas:
  1. Subsistema de auisição de dados de sensoriamento remoto - é formado fonte de radiação, plataforma ( satélite, aeronave), sensor, centro de dados( estação de recepção e processamento de dados de satélite e aeronave).
  2. Subsistema de produção de informações - é composto por sistema de aquisição de informações de solo para calibragem dos dados de sensoriamento remoto, sistema de processamento de imagens e sistema de geoprocessamento.


sábado, 27 de novembro de 2010

Luziânia

       
        Luziânia é um município brasileiro do estado de Goiás que é o quarto no ranking de maior número de habitantes, ficando atrás apenas de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis. É conhecida como região entorno de Brasília, devido a sua proximidade com a capital (58 km). Seu nome é em homenagem á santa padroeira do município, Luzia, a quem foi erguida um cruzeiro em 1746.


        Luziânia surgiu com a procura de minas de ouro pelo bandeirante Antônio Bueno de Azevedo partiu de Paracatu, em 13 de dezembro de 1746, enquanto descansava sentado ás margens de um córrego, notou que no leito do rio havia pepitas de ouro. No dia seguinte ergueu festivamente um cruzeiro e dedicou as minas e o futuro povoado a Santa Luzia. As minas atrairam tanta gente que em menos de um ano o arraial contava com mais de 10000 pessoas. O arraial foi elevado á categoria de vila em 1 de abril de 1833 e de cidade em 5 de outubro de 1867. Em 31 de dezembro de 1943 passou a se chamar Luziânia.
        As qualidades ambientais, ampliadas pela exuberância da paisagem, do conforto climático e das características históricas de Luziânia, capacitam a região a formar-se em um promissor destino turístico no Brasil. A Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo estão implantando um Plano de Desenvolvimento Turístico Sustentável do município iniciado em 1997. Em Luziânia há atrativos ecológicos, rurais, históricos, religiosos e muitos eventos. O município dispõe de cascatas ou cachoeiras em seus principais rios: Corumbá, Vermelho e Descoberto. Podem ser vistos também ribeirões, como, Saia Velha (escravos), Palmital, nascentes, cursos d'água, lagos e lagoas em seu grande território.
        Luziânia tem cerca de 1000 fazendas com características diversificadas, com pesque-pague, clubes campestres, locais para festas e muita hospitalidade de seus moradores urbanos e ruralistas. Atualmente, a Administração Municipal busca implantar em Luziânia, políticas que gerem empregos e renda, disciplinem a ocupação urbana; implantem infra-estrutura e equipamentos sociais nos bairros habitados e revertam a degradação ambiental. Suas riquezas e seus bens produzidos já somam mais de um bilhão de reais, com índice de crescimento populacional de cerca de 7% a.a.
        O DIAL - Distrito Agro-Industrial de Luziânia está estrategicamente localizado a 56 km de Brasília, dispondo de energia, telecomunicações, transportes coletivos, situado entre as BR-040/050 mm entre fevereiro e abril. A hidrologia de Luziânia é muito rica, possuindo diversos rios, ribeirões e córregos que fazem parte da bacia do Paraná.
      


         Luziânia apresenta uma fauna típica da região dos cerrados do Planalto Central Brasileiro, rica e diversificada. Podem ser observados ao longo das matas e às margens dos rios, animais como, a onça-pintada e a suçuarana. Encontram-se também, alguns grandes mamíferos já ameaçados de extinção como, o veado-campeiro, o lobo-guará, o tamanduá-bandeira e o tatu-canastra. A anta, o catitu, a queixada, a capivara e várias espécies de tatu também podem ser verificados. A avifauna é também muito rica, podendo ser observadas espécies como sariema, a perdiz, a codorna, o tucano, os papagaios, os unibus e a  ema. Muitas espécies de peixes como traíras, piaus, bagres, lambaris, ocorrem na região.




segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Sistema de Informação Geo-referenciadas

        Sistema de Informação Geo-referenciadas (SIG) são sistemas que gravam, armazenam e analisam as informações sobre os elementos que compõem a superfície terrestre. Um SIG pode gerar imagens de uma área em duas ou três dimensões, representando elementos naturais, junto a elementos artificiais. Observe sua estrutura conceitual na figura a seguir:


        Muitos bancos de dados do SIG consistem de conjuntos de dados que são agrupados em camadas, cada camada representa um determinado tipo de dado geográfico. O SIG pode combinar essas camadas em uma só imagem. A consulta desses dados pode ser espacial ou por atributos.A consulta de dados espaciais geralmente responde a questões que tem a ver com a geografia do dado. A consulta por atributos é relacionado com valores descritivos do dado armazenado.
       Um SIG é projetado para aceitar dados de uma grande variedades de fontes, incluindo mapas, fotografias de satélites, textos impressos ou estatísticas. O SIG converte todos os dados geográficos em um código digital e é programado para processar as informações e em seguida obter imagens.
        Os componentes do SIG compreendem: dados geográficos, recursos humanos, hardware, software e métodos de trabalho.


        O elemento fundamental dos SIGs é o dado espacial, que compreende nas três maneiras de observar os fenômenos relacionados ao mundo real, sendo elas: espacial, temporal e temática. Espacial é quando a variação muda de lugar para lugar (como a declividade, altitude, profundidade do solo) ; temporal é quando a variação muda com o tempo (como a densidade demográfica, ocupação do solo) e temática é quando as variações são detectadas através de mudanças de características (como geologia, cobertura vegetal). A definição apropriada para dados espaciais é que são elementos definidos pelas variáveis x, y e z, possuem localização no espaço e estão relacionados a determinados Sistemas de Coordenadas, como, por exemplo, a Projeção de Mercator, longitude-latitude, e que a eles podem estar associados infinitas características ou atributos.
        Atualmente algumas de suas aplicações incluem temas como agricultura, floresta, cartografia, geologia, cadastro urbano, redes de concessionárias (água, energia e telefonia), dentre outras (Star e Estes, 1990). Veja no vídeo abaixo a interrelação com a topografia.


         Os SIGs podem ser representados por elementos de estrutura vetorial tais como, conjuntos de pontos regularmente ou irregularmente espaçados, isolinhas (curvas de mesmo valor), redes de polígonos regulares ou irregulares e estrutura matricial que são conjuntos de pixels ou células.

Evolução do SIG

  • Década de 60
         Os SIGs automatizados começaram a surgir nessa década, impulsionados pelo refinamento na técnica cartográfica, pelo rápido desenvolvimento da informática e pela revolução quantitativa das análises espaciais.
  • Década de 70
         Representou o período de difusão dos SIGs, em especial pelos órgãos governamentais, principamente nos Estados Unidos. Esse período coincide com o incremento na percepção da importância de trabalhar-se com aspectos da superfície terrestre de forma integrada e multidisciplinar.
  • Década de 80
        Os maiores avanços dos SIGs ocorrem em relação aos aspectos tecnológicos e no seu direcionamento para o setor comercial e industrial proporcionados pelo surgimento de melhores soluções em termos de dados gráfico e o alfanumérico, aliados ao desenvolvimento da tecnologia de processamento de imagens digitais.
  • Década de 90
       Os SIGs que chegaram ao mercado no ínicio dessa década têm sua concepção alicerçada em ambientes cliente-servidor, funcionando acoplados a gerenciadores de banco de dados relacionais e pacotes adicionais para processamento de imagens.



      As etapas de um SIG são:

1- Definição os objetivos e aplicação de uso do sistema;
2- Orgnização da base de dados alfanumérica e cartográfica;
3- Análises;
4- Calibração dos sistemas;
5- Retorna a etapa de análise;
6- Construção dos cenários;
7- Elaboração de propostas e intervenções de manejo e restrições.

   Os programas computacionais mais utilizados para o SIG são o ArcView e ArcGis. Vejamos o vídeo abaixo que mostra o layout de um deles.


         A criação de mapas são representações gráficas que pode ser ao mesmo tempo, um instrumento de pesquisa e um instrumento de comunicação para se passar uma mensagem utilizada no SIG. Os elementos básicos de um  mapa são: título, escala, legenda, orientação e coordenadas. Possui como elementos de apoio: fonte, projeção, datum, autor e data. Possui como variáveis visuais: cor, tamanho, valor, granulação, orientação e forma.
        As propriedades perceptivas são:
  • Dissociativa - a visibilidade é variável emfunção da variação do tamanho dos objetos representados. Deste modo ao se afastar a imagem gráfica da vista os objetos somem sucessivamente;
  • Associativa - a visibilidade é constante em função de não haver variação de tamanho nos objetos representados. As categorias se confundem;
  • Seletiva - o olho consegue isolar os elementos;
  • Ordenada - as categorias ordenam espontaneamente;
  • Quantitativa - a relação de proporção é imediata.
          Os modos de implantação podem ser: zonal (quando o fenômeno se especializa em determinada área), pontual (quando o fenômeno ocorre em determinado lugar) e linear (quando o fenômeno se apresenta linearmente).